De-longas datas
Ó ilusões! Oh! poeta sôfrego!
Vã sandice desse cuco nefasto
Ajustando-se ao poema lôbrego
Logo, a crônica extirpada
Do acróstico dentro do soneto
Inda não altera o rumo do terceto
Como a bala-bomba banguela
Sob o cano da espingarda
Nada diz sobre o planeta
Cada qual com seus medos
Medo até de morrer de susto
No vício de ruminar o trevo
De repente, crânio em diáspora
Tanto faz dores de dente
Quanto as dores de Dante
É irritante essa multidão!
Vós ali no meio absorto...
Quase morto tão sozinho, então!
O badalo do trem da meia-noite
Numa sexta-treze, devagarinho...
Ah! vagarão boi, vaca e vagão