Águas paradas

Absurdas as asas da saudade

caminhando em carne viva,

palavras esdrúxulas, silenciadas

num verso que não vivi.

Tarde, já muito tarde

deslizas suavemente

no bico das gaivotas

sem estribos, num arrepio

- intemporal

de águas paradas...

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 11/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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