Será que a fábrica de bombons fechou?

Os sonhos doces daqueles dias,

as esperanças, ilusões e delícias,

bocas salivando, desejos pulsando

e a vontade de roubar um sonho,

mesmo que por um dia e

para quem não é diabético,

não faz nenhum mal.

Mal faz reprimir os desejos,

os beijos, beijus,

Romeu e Julieta,

goiaba com queijo do bom

e como são bons,

mas é uma pena que parece,

que a fábrica de bombons fechou.

Não se fecha nada que lembre o amor,

mas a falta de investimentos,

os poucos momentos juntos,

talvez a tenham levado à falência.

A carência jamais poderá

sucumbir o querer, e o poder do amor

está no esplendor do inexplicável

e é reciclável, inexplicavelmente,

assim como a semente que gerou o cacau,

que gerou o chocolate

e que gerou o bombom.

Que bom!