CANTO II

No olho, espanto

Um eco de escumas negras

O vozerio

quietamente espalhado

por entre as penas de um pássaro-opala

Reflexo do mar azul

ao lado

do profundo querer.

No olho, espanto

Vidros de nuvens esmigalhadas

A libertinagem das

línguas

Pousadas em seu vago

canto

bailam as palavras

livremente

DARWIN FERRARETTO
Enviado por DARWIN FERRARETTO em 30/09/2005
Reeditado em 30/09/2005
Código do texto: T55069