Saudade, tua cor é azul

Minhas saudades são azuis

Sou quem eu não quero

Nas páginas do livro que escrevi

Nem sequer sei o que quero

Nas letras que gritam por mim

Descrever seria uma tempestade

Uma explosão silenciosa e doce

Sem barulho, sem forma, sem ar

Sou repleta de todo um sentimento

Que confuso me tira do prumo

Me enterra em algum mundo

Que ainda nem sei qual é

Descortinada sorte que me cega

Desvelada agonia que se exibe

Não adianta calar e não dizer

Sou desnuda de todo segredo

Quem me quer sabe o que fazer

Só me resta amar, amar e ao mar ir

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 17/01/2016
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