êxodo do medo

Êxodo do medo

Da nuvem negra a poeira não cessar,

E a venerada águia não pousar,

Em festins, a lâmina despojar,

Em dúbia fé, o que nos alojar.

Vês... Vês miserável raça!

Vês, a herança.

Humanos! Sim, humanos!

Em dúbia fé! Tirano.

Da nuvem negra a poeira não cessar,

E a venerada águia não pousar,

Os currais do velho mundo, as porteiras se fecham.

Abrir, abrir! Pois, o mar sepultará toda nossa vergonha.

Sepultai vossos corpos oh mar, sepultai; Sírios.

Que está barca posso ancorar!

Da nuvem negra a poeira não cessar,

E a venerada águia não pousar,

Pari é uma praia faminta,

Onde criança de barriga, nos humilha.

Que seja perpetua nosso culpa!

Da nuvem negra a poeira não cessar,

E a venerada águia não pousar,

Ouvir! Dos confins as lamurias,

Ouvir, ver! Um bando matando, de novo, em nome de seu deus!

E que seja de longe vossa tragédia!

Da nuvem negra a poeira não cessar,

E a venerada águia não pousar,

O punhal que nos decepar,

Imoral não é a lâmina, mas os quês o negam!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 22/01/2016
Reeditado em 02/03/2018
Código do texto: T5519958
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