ÊXTASE
Agora que deuses tristes apagam a chama
de minha lâmpada oculta no tunel da distância.
Chamas-me com um nome de paz ao encontro
e aprisionas meu cálice entre tuas mãos mansas.
Uma outra fragância, a de cravos triturados
te mostrará o silêncio de minha rota esquecida.
Terás o signo claro da recordação
No reflexo abandonado de uma estrêla na água.
Matiz de verdes limos colorindo as pedras.
Encontrarás em todos os caminhos da aurora,
que quer ser pétala em penumbra de alcova.
E no pórtico imóvel das tôrres despertas
recolhes tu, meus sonhos maltratados
entre lágrimas e risos, mas suaves como a lua nova.
06/07/07