Fera

Ando só.

Não pertenço a nenhuma tribo, matilha...

Sou um bicho solto!

Mastigo gramíneas, com fome de gente.

Caço a noite; farejando o dia.

Vomito tudo o que é palavra,

Prefiro o lauto silêncio!

Olhos sem pestanas, abertos, atentos...a espreita.

Trago minhas garras afiadas, gastas, cansadas

De viver morrendo...

Não tenho consciência do tempo,

Apenas sigo.

Talvez eu desista de ser metade,

Quem sabe em uma certa estrada,

De surpresa

Eu deixe de ser predador

Para ser a presa!

naluz
Enviado por naluz em 05/03/2016
Reeditado em 05/03/2016
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