Sonâmbula mente
Qual a magia
Que separa o limite da razão e da emoção?
Que impede os atos mais absurdos
Absortos na dor de um passado que não figura mais no tempo...
Que remédio devemos obter
Para que o invólucro tênue que nos adorna
Impeça a absorvição dos toques astrais
Sem nos acordar do sono crepuscular...
Para que continuar fingindo
Estar acordado no umbral terrestre
Que nada mais nos assegura este néctar de vida
Sem amor, sem dor, sem prazer, sem ar...
Vago singelamente pelas estradas espectrais
Contemplando o momento mágico do fim
O que não mais vive, perece com vida ínfima
Já deu, acabou; fui!
Fim