CREIO
CREIO
Ventania imprudente
que derruba galhos cansados
e depois pisoteia o chão
dos restos acabrunhados
Ventania imprudente que respira
esse quedar
sopra farpas de tolas impurezas
que arrancou do ar
Ventania imprudente que desenha o seu sorriso
Com a dor alheia
Oh ventania não sabes nada da vida
Nem mesmo o que alardeias...
Qual será a tua próxima curva?
E a quem irás agora derrubar?
Talvez não mais ache galhos cansados
Mas paredes a lhe parar...
E nesse momento
um moço bom
Escreve uma prece ao vento
E eis que surge a brisa
E a brisa urge!