CREIO

CREIO

Ventania imprudente

que derruba galhos cansados

e depois pisoteia o chão

dos restos acabrunhados

Ventania imprudente que respira

esse quedar

sopra farpas de tolas impurezas

que arrancou do ar

Ventania imprudente que desenha o seu sorriso

Com a dor alheia

Oh ventania não sabes nada da vida

Nem mesmo o que alardeias...

Qual será a tua próxima curva?

E a quem irás agora derrubar?

Talvez não mais ache galhos cansados

Mas paredes a lhe parar...

E nesse momento

um moço bom

Escreve uma prece ao vento

E eis que surge a brisa

E a brisa urge!

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 19/06/2016
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