no vértice do meu olho nu toda coisa (também) dói

O silêncio dela foi como se dissesse

"no vértice do meu olho nu

toda coisa também dói".

o meu lugar no mundo

a bocarra da eternidade

a passagem para o pomar

o gato empoleirado na janela

a janela, a construção

o lagar pisado, o mangueirão

o recanto, as letras

e o lugar inexato do sujeito na oração.

Então lhe sorri, tomei-a pela mão

e dançamos como nunca se viu.

Baltazar

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 10/11/2016
Reeditado em 20/05/2017
Código do texto: T5819200
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