A menina fantasma

Ela:

Em campos floridos eu posso descansar,

A dor da morte não me alcança...

Ele:

Não me lembro de muita coisa,

Destruir era o que queria,

Tão cheio de ódio, perverso...

Ela:

Todos nós morremos,

Aquela noite foi marcante,

Sua espada queimava como fogo...

Ele:

O amargo gosto de barro eu sinto,

Estou me afogando,

A guerra, a maldita guerra,

Apenas matar...

Ela:

Depois de tempo tentando,

Muito no escuro andei,

Para hoje poder sentir,

O cheiro da minha família...

E ele anda como cego,

Apenas destruindo, como um tolo,

Seu rei o abandonou,

Mas ele não quer ver...

Ele:

Tem sido tempos difíceis,

Ouço o escuro sussurrar em meu ouvido,

Parece que o ódio me dominou,

E pouco posso fazer...

A canção da menina é doce,

Meu Deus é só uma menina...

Meus olhos escurecem,

E como um covarde ataco...

Ela:

Minha canção era para minha mãe,

Que se sentia triste sem meu pai,

Nessa imensa escuridão,

Ela se sentia feliz em ouvir...

Você como um lobo veio,

Mas com covardia,

Vi seus olhos vazios,

E logo depois senti o peso de sua lamina,

Que acabou com minha infância...

Ele:

Quando vi o pequeno corpo dela,

Ali partido ao meio,

Perguntei-me em que havia me transformado,

Poderia ser minha filha...

Que terrível meus Deus,

Sou um monstro,

O escuro vem me cobrir,

Sinto seu manto...

Ate quando isso,

Será que ninguém pode mata La?

Entre as arvores ela sorri,

A Dama do Escuro...

Ela:

Você foi um bravo guerreiro,

Mas aqui onde os pés afundam em lodo,

E a esperança parece ir embora,

É mais difícil...

Deito-me aqui para sempre,

Sem dizer adeus para minha mãe,

Ela nem sabe que estou morta,

O chão esta frio, mas aceito mesmo assim...

Ele:

Perdido estou,

Sem esperança como disse a menina,

Meus olhos não enxergam,

Tudo é sangue,

É horrível...

Uma doce menina,

Sentiu o frio de minha lamina,

Ela esta morta,

Mas ainda fala comigo...

Ela:

Minha mãe, pobre mãe,

Esta me procurando,

Em meio a essa floresta,

Sem saber de nada...

Na beira de um lago,

Ela o vê,

Parece forte e perigoso,

Mas ali junto ao lodo,

Ela vê meu corpo...

Ele:

Quando há vi,

Não tive palavras,

Sou um guerreiro real,

Trabalho para o próprio rei...

Ela ficou ali,

Sem lagrimas,

Como se vise um fantasma,

Depois sorrio...

Se levantou,

Me olhou nos olhos,

E foi embora,

Para minha surpresa,

O corpo da menina havia sumido...

Ela:

Estou presa na dor que você me deu,

De algum jeito você deve pagar,

Minha mãe implorou para o escuro me vingar,

Você não tem muito tempo...

Ele:

É como estar em um pesadelo,

Eles se movem rápido,

Fazem horríveis barulhos,

Atacam peles costas,

Há alguém com eles...

E assim esse nobre guerreio,

Foi arrastado para o limbo,

Mas ele não esta sozinho,

A bela menina esta La também para sempre...

E para todo o sempre,

Ela mostrara o poder da lamina do guerreio,

E ao ver aquele lindo rosto partido ao meio,

Ele lembrara que deixou a maldade sair dele...

Tudo que pediram,

Ele falhou,

E uma inocente morreu,

Será seu tormento nesse limbo...

Fraco ele foi,

Amaldiçoado seja,

Devia ter se controlado,

Tantas guerras o cegaram...

Ela:

Aqui estou por ele,

O guerreiro caído,

A moça do escuro me pediu,

Para não deixar ele esquecer...

Cristiano Siqueira 28/11/16

cristiano siqueira
Enviado por cristiano siqueira em 28/11/2016
Reeditado em 28/11/2016
Código do texto: T5836951
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