Qualquer coisa assim

Nunca revelamos a todos

o que sentimos

e nem tudo o que sentimos.

Nossas vidas são como uma suave caixinha musical

e, as vezes, como uma grande caixa de surpresas.

Há aqueles que julgam viver como tal um livro aberto,

porém, ao lê-lo, encontramos alguns trocadilhos,

muitas metáforas e também situações enigmáticas.

Mal nos conhecemos e como,

quiçá, conhecer a outrem.

Ainda ontem fiz algo, que hoje,

refletindo sobre o feito,

francamente, não sei porque fi-lo.

Temos Deus e o diabo num mesmo pacote

e as preces dependem do nosso estado de espírito,

enquanto que a nossa ira, do quanto aquilo nos afetou.

A dor e o conforto fluem do nosso interior

e nenhum rio já nasce poluído,

somos nos que o poluímos ou não,

dependendo das nossas atitudes.

Mais ou menos assim.