AINDA TENHO ESPERANÇA
No grandioso mar
revolto, acendo um farol, em versos
pálidos, entre as brumas
da incerteza.
Sob a tênue luz
irradiada,há uma angústia
seca represada em minha
garganta.
Penso
em ladear-te um riso amarelo
e percebes minhas lágrimas
silentes.
Penso
em ofertar-te um salmo de esperanças,
e sentes as vagas de minhas
sombras
frias,
vazias,
pálidas,
mortas.
Mas,
se sou assim, um abismo escuro,
também não aceito momentos
de covardia.
Pelo contrário,
como um ventoàs avessas,
mais amo-te
agora.
E, se foi meu
o teu amorum dia,
não me privesde tuador,
que tambémdeve ser
minha.