LUTA DESIGUAL

As armas?

Que posso dizer das armas?

Eram desiguais

Eles eram tão diferentes

Tão diferentes

...

Ela, uma fada?

Se julgava amada?

Era inocente?

...

Não posso afirmar

Mas tinha um brilho no olhar!

...

Ele era durão

Parecia não ter coração

...

E ela descobriu

Ele não tinha

Ou se tinha era um coração defeituoso

Sabia ser horroroso

...

Passou-se um longo tempo

Décadas, décadas...

centenas, milhares

Milhares de anos

...

E eles voltaram

Mas leves de suas cargas

Os caminhos mais amenos

...

Ainda assim sofreram dores atrozes

Um do outro ainda algozes

...

E ela foi entendendo

Ele eu não sei se começava a entender

Era uma incógnita aquele homem

Um estranho ser

...

Perdia-se nas estradas do “viver”

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 22/02/2017
Código do texto: T5921138
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