OÁSIS VERDADEIRO

Meu camarada

Meu amigo

Meu irmão

Sei que fiz a coisa errada

Mas estenda a sua mão

Não me julgueis condenado

Eu preciso do teu perdão

Pra conseguir prosseguir

Eu tenho que sentir

Sorrir e saber

Que ninguém tem

Queixas de mim;

Amigo

Ontem pensei errado

Mas hoje é um novo dia

Estou ciente e percebo o meu erro

Nesta estrada comprida

Que é a vida

Pretendemos seguir

Adiante sem parar

Pra julgar

Nem comparar

Pra imitar

Mas se espelhar;

Tenhamos consciência

E não nos deixar

Levar

E levar só o que for preciso

Futilidades ficarão

Não seja indeciso

Você então vem comigo

Meu amigo

Eu preciso continuar

Contigo

E é por isso

Que te sigo;

Não me julgueis decepado

Eu fugi da guilhotina

E corri como um leopardo

Pulei muralhas

Vi que por traz delas

Era a vida...

Que não entendo

Mas apenas prossigo

E consigo ver o triste viver

De pessoas

Contorcendo-se

Ao lutar pela vida;

Neste mundo imaturo

De pessoas impuras

Mundo velho

Ano novo...

Com um elo ao ovo da serpente*

Que transformou o sangue do Mar Vermelho

Em Morto

Onde o porto

Porta o veneno

Onde pessoas se portam

Num contorno

Pra descobrir o vasto desse mundo;

Imaturo é o mundo

Mas não devia ser

Queria somente

Meu amigo!

Que as crianças

Que inocentes como são

Ficassem protegidas

Do mau que foi disseminado

E pudessem

Ficar abrigadas

Em algum oásis

Verdadeiro.

*ovo da serpente metáfora, por a serpente ser símbolo de (pessoa má ou traiçoeira) e o ovo ser da fertilidade, a ganância e todas as coisas ruins que possam estar espalhadas pelo mundo.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 07/08/2007
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