ANJO CAIDO

Tenho andado distante

Sem destino, dispersa.

Largada na escuridão

Longe das rimas,

Dos versos que se versa.

Por onde andei,

Nem eu mesmo sei.

Em que curva do caminho

Eu me perdi, me destitui,

Dos sonhos, do fluir.

Se sou anjo, como eu pude!

Fechar as asas, me ajoelhar

Deixar alguém me ferir.

Sofrer, chorar, sangrar

Se eu podia abrir os braços,

Bater asas e voar... Voar...

Mas eu fiquei ali

Encolhida no chão

Desfalecendo de frio

Em noites de solidão

Implorando migalhas de amor

Que vez a outra caiam

Das mãos do meu senhor.

Fria madrugada, perdida na escuridão

Gritos sufocados, soluços abafados,

E uma dor a qual não há definição.

Em meio a lágrimas amargas, me levanto.

Preciso encontrar o caminho pra salvar meu coração.

Sou anjo e também sou fênix

Aprendi a renascer das cinzas

Recolhida no meu mundo, deixo o tempo passar

Vou brotar, vou crescer, e mais forte ainda renascer.

Então, acima das nuvens eu vou voar, voar e voar.

Vou sorrir, vou sonhar e além de tudo... vou me amar.

Vou criar um verso, uma rima, vou versejar

Vou me perder na poesia e sem medo voar, voar, voar...

Dhora Prado
Enviado por Dhora Prado em 18/05/2017
Reeditado em 18/10/2017
Código do texto: T6002638
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