Em devaneio

O poeta vive em devaneio...

Sonha o seio da amada

e na nulidade do ser se ela o renega...

A linha tênue entre sonho e realidade

é tudo e nada – uma entrega

ampla, irrestrita; a nulidade

do ser que se apega ao devaneio:

A amada, o seio;

a tênue linha se rompe silenciosa

e o poeta nem sabe...

E não lhe cabe mais qualquer razão senão aquela

em que realidade e sonho – tudo,

no fim das contas, é apenas ela:

A amada, o seio

e um devaneio sem qualquer dualidade...

Apenas sonho – saudade!

E salta da janela um poeta que não voa...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 16/10/2005
Código do texto: T60327