Engasgada

Te silencio firme o frio do mármore
ôco indene inferno branco no pecar
indefesa o deste amor corrente
e sem a maré de ausências suas
com as cartas dum valor amado
seladas por desejos relutantes

O azul de meu presente ou o delito
ao coração valioso de batimentos
te dando flôres, ardor, fidelidade
solta no jardim de relicários verdes
ensaiada de timbres vegetados
solteira mesmice das papoulas...

Febril que seja a ferida fissurada
amando-te longe das missas rudes
rôta de andrajos sem aparentar
amiga sua pra sempre declamar
neste amar insigne a rebeldia
calejada das revoltas do coração

Solenemente em azul ou céu gris
em furta-cores de mentiras belas
com verdades feias de falastrão
tendo consigo ocidente sorriso
plena que sou o Oriente que fui
ao vertical deslize nublado ocaso

Frenética no espaço dissimulador
escuro véu o esquisito sombrear
galantear noivar esse sem definir
lhe querer ontem longe do amanhã
no agora que vaga nos monitores 
tudo por ti como galáxias a te dar

Sou teu alien envolvida no cosmo
temente sua acobreadar vizinha
dos tempos os momentos críveis
longe tão assim perto humanidades
como cruz rediviva de esperanças
antigas visitas por ti não vistas...
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 08/07/2017
Reeditado em 08/07/2017
Código do texto: T6049387
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.