Anjos e Rosas - XCII
... oh, amigo,
oh companheiro
de viagens,
oh eco silente,
eu não sei,
nem nunca
soube,
nem nunca saberei
coisa alguma,
sobre as luzes
e sombras que buscas
------------- em mim,
mas bem
que poderíamos
( mesmo que em
tácitos versos)
tocar o céu,
aquele que eu
embriagada a vinho
e de ti fartei-me
sem nossas vestes
dissimuladas,
pois ainda recordo-me
de seu verbo tão
livre e ávido:
-" nos envolver,
deixar-nos ser,
sermos o que
somos ao lume
dos fogos silentes";
e quem sabe,
para eu me calar,
para não mais te
incomodar,
para não mais
sonhar-te
----------tu com tuas asas
possa me levar ao
-------------- chão,
para que eu consiga
compreender que
é necessário enterrar
o imensurável amor
que sinto por ti!