Teoria da Inexistência

Sentia-me tão só! Tão somente só!

Sozinho na multidão do meu mundo,

Estava num vazio sem fim!

Até o início do fim do meu tempo...

O tempo passou... e hoje, acredito,

Não existo! Nem de mentira...

Preferia sentir-me só que não existir,

Suspiro! Onde está a minha verdade?

O tempo, passou! Talvez posso existir!

Agora, onde estou que não me vejo?

Pergunto tudo isto a mim mesmo!

Mas como, se não sei nem se existo?

Eu sou ou não sou o que sou?

Quem sabe, fui, num dia distante...

Não sei! Não arrisco! Ninguém sabe!

Muito menos eu, quem deveria saber.

Porque se eu existisse, mesmo só,

Talvez, saberia o que não sei,

Se existo, quem sou, fui ou serei...

Ninguém, nunca saberá! Quem sabe?

Me incluo na lista de ausentes...

Diria presente, sem assinar a lista,

Queria listar uma lista de pedidos,

Mas se não existo, o que posso pedir?

Pediria minha existência... apenas!

Mesmo que eu seja, só e não resista...

Posso ser sozinho, dentro do mundo...

Ou desenhar um mundo dentro de mim.

Cláudio Francisco
Enviado por Cláudio Francisco em 07/09/2017
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