O Grito de Zartra

Acordei no abismo

Cintilei nas luzes frias

Nos que me prendem ao cinismo

Matei com flores a dor vazia

Se acordei no escuro

À minha frente vi grades de marfim

Se te partes, esconjuro

Vá de Retro, prisão sem fim!

Lacrimejei só fantasia

Das celas, dos altos muros...

Acreditei! Ora, doce alegria,

Se o falasse, então, gritaria!

Aqui morrerei,

Olhando paisagens geladas,

Meus olhos presos a Opus Dei

Óh, criador, não me esqueca!

Cristo, filho de Deus, nesta prisão desça!

Salve nos das grades de marfim

Das mãos incrédulas que se levantam

Manuseando um suposto fim

Posto em grades solitárias

Enquanto dormem os serafins

A rusga do infame sem pranto

Abre o livro das almas

Não há o que possa ser santo

Ilumine as masmorras, acalma

Rio de Janeiro, praia de Ipanema 04/11/2017

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 23/11/2017
Reeditado em 01/03/2018
Código do texto: T6180124
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