“FIRST”: UM POEMA AO CAOS

FIRST é só poesia

Que eu canto ao dia

Verso em comunhão:

Pois o meu coração

Ressentiu a canção

Da esquina emoção!

Hoje ouvi a notícia

De toda gritaria:

Perene confusão.

Eu passei por ali

Foi quando entendi...

Toda a degradação.

*Do "Avesso do avesso"

Ao Anverso do verso

Deste meu universo...

Sampa foi alvejada

Na esquina cantada

Ipiranga/São João.

A esquina do Caetano

Merecia outro plano

Não a detruição!

É assim todo dia

Mais nenhuma alegria

Ao coração do povão!

Sampa encena a sina

Da amostra estatística

Que nos leva ao chão...

Mesma sina perdida

Já em toda esquina

Desta triste Nação!

Nova bala voou

O timão desviou,

Mas meu time ganhou!

Outra mata morreu

Toda erva cresceu...

Mas meu time venceu!

A fumaça pairou

Poluição arrasou

O “Carnaval ” já vingou!

Um corrupto roubou

O país o aclamou!

E o samba bombou!

O doente morreu

O Hospital pereceu

E ninguém nem ligou!

Menininho berrou

Pela dor dum pezão

Que levou no bundão!

A criança que vinha

...De pneumonia

Morreu sem enfermaria!

A notícia sangrou

Novo míssil voou

E um topete se inflou!

Todo bom topetudo

Acredita que a tudo

É o seu ser solução.

A miséria cresceu,

Mais um sapo nasceu:

Príncipe ao apogeu!

A ciência que vinha

É qual toda cidade...

Já morreu na saudade.

Há muito Galileu

Como o que já sofreu:

Já não importa o que sabe.

Toda lei sucumbiu

Mesmo a que nem pariu!

A um futuro Brasil.

Tudo o que era supremo

Hoje é só um terreno

Dum cenário... horrendo!

Funk ostentação

De comando na mão...

Canta a solução.

Grande é a matilha

Na dura artilharia

Da corrupção!

Todo juro caiu

Mas ninguém sequer viu

Quanto custa ao Brasil...

Alto Juro no Banco

Que matou de espanto!

A “Black life” do engano.

Até o prêmio Nobel

Que a paz declarou

Já nem liga pra dor!

Vai perder o papel

De cobrir com um véu

Genocídio de fel!

FIRST é o "engenho"

De quem chega primeiro

Ao tudo no atoleiro!

Que alimenta a ruína

Pra que toda sua cria

Lamba o seu chiqueiro.

A fingir dar a mão

No discurso em vão...

Nenhuma solução.

FIRST é o meu lamento

De um planeta em tormento

De ogiva na mão!

A poesia que lanço

A limpar todo o ranço

Desta destruição.