Uma estrada qualquer

Dancei com a morte

E fiz questão de pisar o pé

Corri contra o tempo

E voltei no momento

De retroceder o progresso

A partir do inverso

Bebi no cálice da vida

Dei goles e mais goles

Para tentar me imortalizar.

Sai de casa quando era criança

Amadureci na hora errada

Precocemente fui pai de eu mesmo

Parti corações, fiz questão

Segui a vida como não era para ser

Fui além do que podia querer

Carreguei lixos nos bolsos

Procurei tesouro em miolo podre

Achei moedas sem valor.

Busquei razões para continuar

Fugi do amor que vinha me roubar

Maculei lençóis puros, só por diversão

Voei por céus nublados

Lá tinham gotas de tristezas

Às vezes choviam

Perdi os sapatos e andei descalço

Sobre brasas, me queimei

Passei por tudo e/ou quase nada.

Uma estrada qualquer, eu caminhei...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 29/12/2017
Reeditado em 29/12/2017
Código do texto: T6211661
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