Cobra
Verte até a última gota,
Da verve em que vive - seu viés: poético.
Na noite estrelada dorme, corcunda,
A certeza oriunda, de que tudo irá onerar,
Da conta fatídica que cobrará - o cotidiano cobra,
E cobra como cobra cobra,
Onera destilado.
Tira sangrando e doendo,
E da verve que vive - que é puro veneno!
Verte até a última gota: morre enfim cobrada, pela própria vida.