Sibilar

"Sibilar"

Sou... uma centelha de uma labareda;

Um facho de uma fornalha;

Uma vela de uma tocha.

Sou... um fio de um lençol de seda;

Uma pedra de uma muralha;

Um fragmento de uma rocha.

Sou assim... O começo do fim;

O prefácio da conclusão;

O "bum" da explosão;

O silêncio ensurdecedor que parte cristais de silicone, disformidade de um cacófato que origina um infame codinome.

Di-lo se fores capaz! Se consegues conceber ou imaginar o quanto há nisto de perspicaz, e me permita num pronome dizer que o que não me pertence não é meu, assim como o julgamento não é teu nem é vosso.

Se jogo com as palavras percebo que às vezes nem sequer o que eu queria eu esboço... Ciladas de sílabas incontidas em rimas que por vezes sibilam num jogo de xadrez, onde o mais esperto sempre vence o fraco em perspectiva e atenção.

Assim é o que somos, quando pensamos que viemos, já fomos porque tudo passa num impercetível piscar de olhos.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 25/06/2018
Código do texto: T6373906
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