LAMENTOS LIPSADOS DE CONFETES

Tire as pedras da visão opaca em desalinho,

pois o coração azedo e tremulário de timidez

[demonstra

seu grito engasgado de amoras namoradeiras.

Sorriso desafinado na passarela do destino

[cambaleia e surta.

Do arco-íris em preto e branco,

no rosto da donzela amarela, azulástica de odes

[e de overdoses

é que preenchem as tabuletas do destino.

Eu crastino em vidros de cristais,

quero colorários de agonias a cocegar-me,

passar despercebido e inebriado de absinto,

com frescores de almíscar e de lancaster.

Tenho minha vida, assim, vira-lata em apoteose de

Dor, alegria e lamentos lipsados de confetes.

Palmares, 05/07/2018

RESPEITE-SE OS DIREITOS AUTORAIS: LEI Nº 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

Tony Antunes
Enviado por Tony Antunes em 05/07/2018
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T6381904
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