POEMA INTROSPECTIVO

juntei meus pés

me encolhi nos meus braços

abraçando os meus joelhos

abri uma porta

me tranquei com três voltas

cai num buraco

parei num cofre

de paredes espessas de aço

em minha volta

poço de jacaré, arame farpado,

na mais alta das montanhas

dentro de uma caverna

de um planeta não solar

fora do sistema

no escuro da última estrofe

do último verso

desse poema.