Valéria nas flores

A paixão pode te trazer muitas coisas,

mas ela não pode te trazer a paz.

A brincadeira esquecida,

na parte em que dizíamos adeus

e subíamos o morro de casa descalços.

Jovens sonhadores,

corações despedaçados em retalhos,

sangue fervendo como vinho derramado.

Com seu pesadelo dos montes eslavos,

e os delírios de carros americanos.

Bem, eu atualmente me sinto triste de voltar aqui,

só para lembrar o quanto já nos perdemos.

E a vida que ora segue, e ora para.

nunca para melhor, e nunca em seu favor.

A paixão pode te trazer muitas coisas,

mas ela não pode te trazer o amor.

Onde o menino sentava com menina,

e juntos observavam o pôr do sol ou um florescer.

E rejeitado como uma vítima angustiada,

no seu túmulo joguei algumas pétalas abandonadas.

E se não há porquê,

nós estamos tão perdidos.

Melhor era quando meu amor, deitava em meu lombo inerte,

com o gosto do desperdício, chorava e descansava.

Já eu, eu nunca prometi chorar.

Mas nas palavras desta carta,

vejo lágrimas de incontáveis despedidas.

Suba ao céu anjo alvo,

troque teus pesos, por asas celestiais.

Com teu vestido branco,

sorria pela sua inocência.

Pois ao hades descerei,

mas veja só,

o quanto eu já me perdi.