Poesia molhada

Olho a poesia e vejo um rio

Febril e forte

Poderoso em seu leito

Nos seus ritos e passagens.

A poesia é miragem é rio que corre

É desafio de coragem

Na busca insana do sonhar.

E a poesia com suas vertentes,

Escorre aflita e depois deságua...

Quando nascente, desce como cascata

Em dias claros, nas noites enevoadas.

E no correr destas águas, vazantes serpenteadas

É teia e sustentáculo de poetas

Que abstraem, mais que tudo, a dor

E a poesia no seu pleno esplendor

É pastora vigilante da palavra

É flecha de fogo no arco

Mutante e aquoso avatar

Musa derradeira da madrugada

Primeira dama dos que sofrem por amar

B a t

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 11/04/2019
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