Nave Espacial Matinal
"O que foi esse barulho nas escadas?"
Diz ela enquanto brinco com seu cabelo.
A visão de seu angelical rosto,
exaurindo o respirar em um beijo silencioso
brincou com minha mente
enquanto seu toque gentil incendiava meu coração.
Os cristais de seus olhos tornam-se vidros,
lúcido é o fôlego enquanto dura,
me beija em troca de delicadas núpcias.
Certamente é ela,
a minha nave espacial do amanhã.
Abro a porta,
é escuro e me perco.
"Fique deitada enquanto constato vigilante".
Pois o frio não te diria nada a mais.
Que do contrário sentimos em quentes lençóis.
Ela perguntou "posso entrar"?
por que não? você já está dentro.
Mas ela se aconchegou de um jeito espaçoso.
- Vire, pois também preciso deitar.
Era manhã,
e o barulho de suas chaves me acordou,
silenciosamente ela caminhava
e me fez ficar em tênue desespero.
Imóvel a observo devagar abrir a porta
sua silhueta eclipsou o sol na janela
perfeitamente gentil ela se apressa.
Meu Deus,
é ela,
minha nave espacial da manhã.
Ela se foi, e o que eu posso fazer?
Ela tem a chave e tem meu encanto.
O barulho do trinco ainda soa no silêncio.
Com os olhos fechados ainda contemplo.
Do que nós fizemos,
só nós saberemos
da garota
que era minha nave da manhã.