Amordaçado diante das manobras podres

Estou amordaçado diante das manobras podres...

Isento de movimento,

meu rosto sua a tristeza de ontem;

a cada zumbido

novas lembranças me visitam,

enquanto meu corpo se esvazia...

Desmanchando junto com meu sangue fraco

veja o desmantelamento da casa

tijolo por tijolo,

todos jogados por terra

rufando ódio e desolação.

Aquele som opaco, cinza,

ficou na retina de todos.

E ninguém veio limpar os destroços...