Moribundo

o meu verso anda titubeante pela casa

não quer acordar a maldade

anda frágil, não tem forças argumentativas,

preferia nem ser notado...

o meu verso anda silencioso...

nem quer ser ouvido

prefere manter-se em sua tristeza, escondido

não quer ser consolado...

o meu verso sabe que vai morrer

sente o passo do algoz chegando abusado

não tendo para onde correr

reza por rezar,

desafiando o sagrado.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 03/11/2019
Código do texto: T6786022
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