o que eu quero hoje

O que eu quero hoje

Hoje eu quero que os poetas não durmam.

Nas favelas todos se enturmam.

Que o silêncio seja confusão.

Que os políticos não entendam.

O que significa tal manifestação.

Os grandes assalariados de greve.

A voz do amador que se atreve.

Até as estrelas se rebelarem.

Junto com as nuvens se esconderem.

O sol apresentar se tímido.

A noite chuvosa uma prever.

As sinaleiras se confundirem.

Os cegos armados atirem.

Os carros se amontoarem.

As janelas se abrirem.

O que eu quero hoje é a voz do mudo.

Gritando uma poesia valente.

A inclusão prepotente.

Se é confusão.

Solução.

Que o mundo sente.

E eu, eu no meu cafofo.

Com meu terno de nudez.

Tentando outra vez.

Não ser um poeta do mofo.

Gritar para o povo.

Paz na guerra outra vez.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 24/02/2020
Código do texto: T6872904
Classificação de conteúdo: seguro