Saudade irmã da ausência

Sabes do beijo que não te dei

Na superfície que se escondeu

Dentro do fundo que flutuou

Me despi por completa

Deixando minha alma aberta

E as palavras expostas

Nas saudades das horas

Em que penduro os desejos

Nos silêncios da tua ausência

Rasgo minha carne inflamada

Aflita agonizando na solitária

Ninguém assistiu o desespero

Dessa alma encarnada e presa

Onde os beijos são aos ventos

E os braços sem abraços caem

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 19/04/2020
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