Invasora

Procuro-me alucinada em tuas letras

Confundo-me com os pontos finais

As vírgulas me matam sem nenhum pudor

Busco teus poemas mais sórdidos e sujos

Aqueles que ninguém lucidamente quer

Nesta agonia me vejo embutida nos versos

Arrisco-me e danço pelas estrofes nua

Aí neste momento finjo que são minhas

As tuas letras cansadas que jogas pela rua

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 24/04/2020
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