Oxidação
O poeta é metal, frio e rijo
Quando nasce
Forte e prático. Metálico.
Mas, quando posto em contato com o mundo, as águas, as musas,
[lugares e toda sorte de ares
ele oxida.
Enferruja rápido e perde a serventia.
Perde seus pedaços por aí, cada pedacinho num canto,
misturado nas mais estranhas coisas
até que não se distingue mais poeta e universo.