O IMPURO
Eis o impuro!
Aquele que sobrevive mesmo que em seu peito haja um furo.
O impuro se levanta,
De seu quarto escuro.
E com novas pernas ele anda,
Procurando um jeito de se tornar puro.
O impuro paira sobre nossas cabeças,
Com suas novas asas brilhantes.
Ao avistá-lo, dizemos: que inveja temos do impuro,
E de suas lindas penas cintilantes.
Tão livre o impuro é!
Tão imponente,
Que impõe autoridade quando está de pé.
Por onde passa, o impuro faz bons atos,
Livrando os outros de seus carrascos.
Em suas mãos se encontra O Livro,
Do qual ele lê, procurando um jeito de purificar teu espírito.
Pela pureza o impuro luta,
Com seu corpo e sua alma, à cura ele busca.
Mal sabe o impuro que sua busca já chegou ao final.
Em seu peito um coração puro e bondoso bate forte,
Mostrando a todos que ele nunca foi mau.
Eis o impuro,
O homem mais puro de todos!