Quimeras ocultas em utopias

Em meio a correntes de ar gelado no silêncio da noite, alguém invisível como um fantasma, caminha só sob os reluzentes brilhos de centelhas sem rumo no céu. Alguém como uma sombra sem corpo para projetá-la, perdido em meio ao frio de um mundo cheio, porém solitário, vendo coisas de maneira diferente. Um rosto sem face coberto por uma máscara que não pode ser vista, habitando um mundo de fantasmas com máscaras invisíveis, se perdendo em palavras que como pó, voam rápido no vento, desaparecendo ante de conseguir pegá-las. O invisível em meio a um mundo de pensamentos ilusórios, onde muitos se afogam em acreditar que se algo é óbvio, deve ser certo, um lugar onde é fácil acreditar em coisas simples. Sozinho como um lobo na noite, procurando se tornar inteiro, desmoronando na alma quebrada. Alguém tolo ou somente um sonhador, que acreditou na verdade por trás dos olhos do coração de pedra e acabou se vendo em meio a quimeras ocultas em utopias. Criatura sombria da alma quebrada, que sangrou ao querer alcançar outra alma quebrada, que viu a beleza além da beleza e acabou em meio a fragmentos de seu próprio coração.