GUERREIRO

Engolir a seco a tristeza? Nunca!

Meu país amarrado a sete correntes

Como caminhar livre?

As fronteiras são de pedra...

São corações avessos à liberdade.

Como assim? Expliquem-me!

É proibido ser livre? Vestir a cor preferida?

Pois aqui estão os meus pulsos,

Coloquem as algemas, elas duram pouco,

Sou diamante embrutecido pelo tempo,

Fui lapidado a torto e à direita,

Mas não tenho inveja do ouro,

Pois ele é a perdição dos tolos.

Nunca me aperte na parede

Nem me encurrale em cantos,

Meus sentidos atravessam as rochas

E eu vejo a luz que as trevas têm...

Elas me guiam pelas frestas mais finas

A escuridão é minha haia perene...

O dia é uma dádiva da diva vida.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 04/09/2020
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