Esquinas Nuas

E o vento soprava varrendo de cinza as esquinas nuas

eram tão belas e adornadas as donzelas que dançavam na chuva

o sol já raiava enfurecido sobre nossas cabeças vazias

e a tarde caía do mais alto edifício do meu ser

noite a dentro e o tempo corria mais veloz que uma lebre

despejando sobre a madrugada sangue e suor

nas esquinas outrora iluminadas um mar de lama lava nossas almas

e há quem diga que virão tempos melhores

Dan Pérignon
Enviado por Dan Pérignon em 06/09/2020
Reeditado em 07/12/2020
Código do texto: T7056473
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