Água morta

O que não expurgo na água morta da louça branca

Erupciona em mim enforcando-me as tripas

Corrói meu peito como úlcera malfazeja

Toca meus dedos com palavras infames.

E regurgitadas em prosas displicentes

Atrai as vespas que ao asco humano

Alimentam-se das sobras de meus pedaços doloridos.

Cyntia Pinheiro
Enviado por Cyntia Pinheiro em 21/09/2020
Código do texto: T7068379
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