Espelho
De quem é a culpa por eu ser assim?
Olho para o espelho
E reflito.
Todos aqueles que eu julguei
Por eu não me aceitar.
Fito-o.
E vejo aquele quem busquei condenar
Mas por vergonha culpei outrem
Para me salvar.
Assim, nessa busca de me inocentar.
Apontei o dedo para todos.
Eles que eram réus
Não eu.
Sou vítima do meu próprio reflexo
Por não abraçar meus medos.
Sou vítima de minha própria dignidade
Pois, escolhi machucar quem tinha a verdade
Espelho, simplesmente não gosto de te olhar
Pelo mero fato de me enxergar.
Executo todos.
Menos eu.