A Amante

Tenho uma amante

Deveria me envergonhar

Ela, porém, é tão excitante

Que dela não consigo me separar

Quando terna me envolve

Em seus abraços irreais

Tudo em mim se dissolve

Em carícias e nada mais

Seu beijo molhado, inebriante

Arrebata meus sentidos

Leva-me para mundo distante

Repleto de prazeres nunca vividos

Sempre que estou longe dela

Penso em terminar tudo

Mas se a vejo pela janela

Acabo ficando mudo

Me perdendo em suas carícias

Mergulho no lânguido calor

De suas inefáveis delícias

Que expressam seu intenso amor

Permaneço a ela ligado

Nossa condição até me perturba

Sou, todavia, um ser enamorado

Dessa mulher que se chama chuva.

Petrus Stone
Enviado por Petrus Stone em 25/11/2020
Reeditado em 03/02/2023
Código do texto: T7120091
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