A mente mente

A mente mente,

ensaia motins e passa

minh'alma comovida,

em densas nuvens ao vento revolvida;

cumuloninbus de mágoas esparsas

em tempo desfeitas,

refugio de mim mesmo, sigo;

inebriado no regato desse alento,

ensaio aproximações

sinuando pela vertente do abismo;

nesse sobrosso sombrio

guardo distâncias e ilhas,

livre e leve dos despojos,

esfinges e paixões furtivas;

algures, minha nau passa a velar

seguindo a luz das estrelas,

singrando águas inalteradas,

dias e noites tranqüilas.