Era uma vez...

Era uma vez...

Um pote de azedume

Copos riscados de sonhos pedalantes

Pratos e mais pratos descabeçados

Soldados de talheres vestidos de prata

Vozes exigentes amontoadas nas almofadas.

Era uma vez...

O sol quase agonizando na boca do vaso

Uma cortina e um vidro quebrado

Na pia as lascas da janela perdida

A porta se abrindo

Movimentado a nova jornada.

Era uma vez...

O tempo e o passageiro

Ligeiro que não avisa as curvas da vida

Só assusta quando faz as paradas

Na jornada arrisca tudo

E muda a trajetória.

Era uma vez...