O Mantra do Adeus

O Mantra do Adeus

A cabeça girava...

Os olhos teimavam em não abrir,

tamanha a roda gigante em que

me encontrava.

Será que o dia iria me aplaudir?

Forcei o olhar...

As luzes das estrelas

inundavam de azul

a sala de jantar...

Não foi preciso ligar o abajour,

enxergava até seu dorso nu!

Preparava-se para partir

do meu passado...

Na parede, prostrado o flanco,

enquanto calçava o sapato,

olhava o retrato,

em preto e branco,

na estante esquecido...

Resgatava tempos idos

quando fomos apaixonados,

interrompidos por sentimentos

recém chegados, coloridos...

Não soubera fingir...

E, como as águas, em constante renovação, fomos arrastados pelas correntezas da traição.

bmh@

31/01/2021

Bárbara Hupsel
Enviado por Bárbara Hupsel em 14/01/2022
Código do texto: T7429631
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