Demasiada Humana - Tolice - LXVII

Eu abraço

minhas partes

mais frágeis

e honro o que

sou e o que

consegui ser,

eu abraço

minhas partes

que ainda se

partem e me

curvo por ser

inconstância,

eu abraço

minhas sombras

e com carinho

amparo-as no

perdão do tempo,

eu abraço

o que desaprovei em

ti e me permito ser

melhor do que o instante

anterior.

Eu me abraço

pela possibilidade

de sempre poder

vir a ser um novo

canto.

Não sou

aço.

No fim, verso

borrado.

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 21/04/2022
Código do texto: T7499593
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