ATALAIA

Eu sou o colecionador de pedras

Sou a espera da notícia

Sou a dúvida persistente

Uma metáfora distorcida

Esfera sem inferno num céu profano

Um homem duplicado

Nesse se houvesse amanhã

Em busca de abrigo

Numa cidade de sal

Pelo sol luas despem-me

Onde os ossos doem

E os pensamentos me dizem palavras

Sendo assim, eu desisto de meu nome

Porque sou o fantasma dessa ópera

Nesse universo finito

Que sinto o infinito

Que julgam-me e dizem falácias

Na minha ausência

Porque Deus permite

Porque para casa devo voltar

Nesse advento real.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 04/10/2022
Código do texto: T7620170
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