PERINÁCEO DERICÔNEO (Tony Antunes)
Ácrido etéreo de valores morais
minusculado ao rebol das ironias
sangrinolado nas vertentes das veias
Ásperos azulejos de leprores
horripilantes lágrimas de confetes
nagolantes a afogarem-se na gasice
Perinárido em átomos da paixão
os prótons grenelados nas manhãs
ascendem lúdicos e loucos
Abóridos no sopro do ocaso
fristuntes em togas de cetins
arqueiam no afã da tua tez
o suco das pedras gulosadas
nas frestas do vazio de cada um